A Abadia de Northanger - Ed. Bilíngue

JANE AUSTEN

A ABADIA DE NORTHANGER

EDIÇÃO BILÍNGUE

NORTHANGER ABBEY


EDITORA LANDMARK

2012

COPYRIGHT BY EDITORA LANDMARK LTDA.

Todos os direitos reservados à Editora Landmark Ltda.

Título Original: Northanger Abbey

Primeira edição: John Murray Publishing Company, Albemarble Street, Londres; Dezembro de 1817.

Diretor editorial: Fabio Cyrino

Diagramação e Capa: Arquétipo Design+Comunicação

Tradução e notas: Eduardo Furtado

Revisão: Paulo César Borgi Franco


Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, CBL, SP, Brasil)

AUSTEN, Jane (1775 - 1817)

A ABADIA DE NORTHANGER - Northanger Abbey /

Jane Austen; {tradução e notas Eduardo Furtado}

São Paulo : Editora Landmark, 2010.

Edição bilíngue : inglês / português

ISBN 978-85-88781-44-3

e-ISBN 978-85-88781-60-3

1. Romance inglês. I. Furtado.

II. Título. III. Título: Northanger Abbey

09-04579 / CDD - 823

Índices para catálogo sistemático:

1. Romances: Literatura inglesa / 823


Textos originais em inglês de domínio público.

Reservados todos os direitos desta tradução e produção.

Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida e ou armanezada, em seu todo ou em partes, por fotocópia, microfilme, processo fotomecânico ou eletrônico sem permissão expressa da Editora Landmark, conforme Lei n° 9610, de 19/02/1998.


EDITORA LANDMARK

Rua Alfredo Pujol, 285 - 12° andar - Santana

02017-010 - São Paulo - SP

Tel.: +55 (11) 2711-2566 / 2950-9095

E-mail: [email protected]

www.editoralandmark.com.br

Impresso em São Paulo, SP, Brasil

Printed in Brazil

2012

COPYRIGHT BY EDITORA LANDMARK LTDA.

DECLARAÇÃO DA AUTORA SOBRE A ABADIA DE NORTHANGER

CAPÍTULO 1

CAPÍTULO 2

CAPÍTULO 3

CAPÍTULO 4

CAPÍTULO 5

CAPÍTULO 6

CAPÍTULO 7

CAPÍTULO 8

CAPÍTULO 9

CAPÍTULO 10

CAPÍTULO 11

CAPÍTULO 12

CAPÍTULO 13

CAPÍTULO 14

CAPÍTULO 15

CAPÍTULO 16

CAPÍTULO 17

CAPÍTULO 18

CAPÍTULO 19

CAPÍTULO 20

CAPÍTULO 21

CAPÍTULO 22

CAPÍTULO 23

CAPÍTULO 24

CAPÍTULO 25

CAPÍTULO 26

CAPÍTULO 27

CAPÍTULO 28

CAPÍTULO 29

CAPÍTULO 30

CAPÍTULO 31

UMA NOTA SOBRE O TEXTO

ADVERTISEMENT BY THE AUTHORESS TO NORTHANGER ABBEY

CHAPTER 1

CHAPTER 2

CHAPTER 3

CHAPTER 4

CHAPTER 5

CHAPTER 6

CHAPTER 7

CHAPTER 8

CHAPTER 9

CHAPTER 10

CHAPTER 11

CHAPTER 12

CHAPTER 13

CHAPTER 14

CHAPTER 15

CHAPTER 16

CHAPTER 17

CHAPTER 18

CHAPTER 19

CHAPTER 20

CHAPTER 21

CHAPTER 22

CHAPTER 23

CHAPTER 24

CHAPTER 25

CHAPTER 26

CHAPTER 27

CHAPTER 28

CHAPTER 29

CHAPTER 30

CHAPTER 31

A NOTE ON THE TEXT



DECLARAÇÃO DA AUTORA SOBRE A ABADIA DE NORTHANGER

Este pequeno trabalho foi concluído no ano de 1803 e planejava-se sua publicação imediata. Foi encaminhado a um editor e até mesmo alguns anúncios sobre seu lançamento foram publicados, e por que o projeto não foi concretizado é uma coisa que a autora nunca foi capaz de descobrir. Parece extraordinário que um editor pense que não vale a pena publicar aquilo que ele acha que vale a pena adquirir. Mas, sobre isso, nem a autora nem o público tem com o que se preocupar, embora uma observação seja necessária sobre as partes do trabalho que se tornaram relativamente obsoletas depois de treze anos. Ao público, é solicitado que se tenha em mente que treze anos se passaram desde que o trabalho foi concluído, mais outros tantos desde que foi iniciado, e que, durante este período, lugares, costumes, livros e opiniões passaram por consideráveis mudanças.

CAPÍTULO 1

Ninguém que tenha visto Catherine Morland em sua infância poderia supor que ela tivesse nascido para ser uma heroína. Sua situação na vida, o caráter de seu pai e de sua mãe, sua própria pessoa e seu ânimo, tudo se mostrava igualmente contra ela. Seu pai, um clérigo, não era desafortunado ou pobre – um homem muito respeitável, embora seu nome fosse Richard, e nunca fora bonito. Tinha uma considerável autonomia, além de dois salários; e nem de longe era dado a trancafiar suas filhas. Sua mãe, dona de um apropriado senso comum, tinha bom temperamento e – o que era mais notável – uma boa constituição. Teve três filhos antes de Catherine nascer. E, ao invés de morrer ao trazer esta última ao mundo, como seria de se esperar, ela ainda viveu – viveu para ter mais outros seis filhos e vê-los crescer ao seu redor, enquanto gozava de excelente saúde. Uma família de dez filhos sempre será chamada de uma família admirável; em que há cabeças, braços e pernas suficientes para o adjetivo. Mas os Morland tinham outro pequeno direito sobre a palavra, pois eram, em geral, muito corretos, sendo que Catherine, por muitos anos, foi tão correta quanto os demais. Dona de compleição magra e estranha, pele pálida, sem cor, cabelos pretos escorridos, e traços fortes – excessivamente fortes para a sua pessoa. E não menos inapropriada para o heroísmo parecia a sua mente. Ela era apaixonada pelas brincadeiras dos garotos e preferia críquete não apenas em relação às bonecas, mas também às diversões mais heroicas da infância, como cuidar de um rato do campo, alimentar um canário ou regar uma roseira. Na verdade, ela não gostava do jardim. E se fazia ramalhetes de flores era principalmente pelo prazer de enganar – pelo menos era o que se supunha, pois ela sempre preferia aquelas proibidas de serem colhidas. Tais eram suas propensões. E suas habilidades eram bem peculiares. Ela nunca podia aprender ou compreender algo antes de ser ensinada. E, às vezes, nem mesmo assim, pois era muito desatenciosa e, ocasionalmente, estúpida.