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DAMNATION
Le banc inextricable et dur,
La passe au col étroit, le maëlstrom vorace,
Agitent moins de sable et de varech impur
Que nos cœurs où pourtant tant de ciel se reflète;
Ils sont une jetée à l’air noble et massif,
Où le phare reluit, bienfaisante vedette,
Mais que mine en dessous le taret corrosif;
On peut les comparer encore à cette auberge,
Espoir des affamés, où cognent sur le tard,
Blessés, brisés, jurant, priant qu’on les héberge,
L’écolier, le prélat, la gouge et le soudard.
Ils ne reviendront pas dans les chambres infectes;
Guerre, science, amour, rien ne veut plus de nous.
L’âtre était froid, les lits et le vin pleins d’insectes;
Ces visiteurs, il faut les servir à genoux!
SPLEEN
ORGULHO
Anjos vestidos de ouro, púrpura e jacinto.
O gênio e o amor são dois Deveres fáceis.
*
Eu amassei o barro e com ele fiz ouro.
*
Trazia no olho a força de seu coração.
Em Paris, ermo vivo sem fogo ou lugar,
Forte tal animal, tal Deus livre sem par.
O GLUTÃO
Ruminando, eu rio dos passantes famélicos.
Eu explodiria como um obus
Se não absorvesse como um câncer.
O olhar não era tímido nem confortável,
Mas exalava alguma coisa de insaciável,
E, como sua narina, exprimia a emoção
Dos artistas diante de obras de sua mão.
Tua juventude mais fecunda em tempestades
Será que esse calor com olhos alumiados
Que em nossas frontes claras torce os braços suados,
E soprando na noite virações furiosas,
Faz as jovens dos débeis Corpos amorosas,
E as faz no espelho, estéril sensualidade,
Ver os frutos maduros de sua virgindade.
Mas vejo nesse olhar que a Tempestade infesta
Que teu Coração não é feito para festa
Calma, e que tua beleza, tal ferro, sombria,
É daquelas que o Inferno forja e avia
Para fazer um dia terríveis loucuras
E contristar a Alma de pobres criaturas
Com seu peso a almofada enorme a comprimir,
Um belo corpo era bom de ver dormir,
E seu sono enfeitado por sorriso esplêndido
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