Saltamos, pagamos o cocheiro, e o carro voltou para Leatherhead.

- Achei melhor - disse Holmes, quando caminhávamos - que ele pensasse que estávamos aqui como arquitetos, ou por alguma razão profissional. Talvez assim não vá comentar nossa presença. Boa tarde, Srta. Stoner. Está vendo que cumprimos nossa promessa.

Nossa cliente dessa manhã se apressara em vir em nosso encontro, com o rosto cheio de alegria. - Estava ansiosa à sua espera - exclamou, apertando nossa mão. - Tudo deu maravilhosamente certo. Dr. Roylott foi à cidade e é pouco provável que volte antes de escurecer.

- Tivemos o prazer de conhecer o Doutor - disse Holmes e em poucas palavras contou o que sucedera. A Srta. Stoner empalideceu.

Meu Deus! - exclamou. - Então ele me seguiu,

É o que parece.

É tão astucioso que nunca sei como me defender dele. Que será que vai dizer quando voltar?

- Ele deve se precaver, pois talvez descubra que há alguém mais astucioso que ele em seu encalço. Deve trancar sua porta hoje à noite. Se ele ficar violento, vamos levá-la para a casa de sua tia em Harrow. Agora vamos aproveitar o tempo de que dispomos. Por favor, leve isso imediatamente aos quartos que queremos examinar.

O prédio era de pedra cinzenta, corri a parte central alta e duas alas laterais curvas, como as garras de um caranguejo. Em urna dessas alas, as janelas estavam quebradas e cobertas com tábuas, o telhado desabado, as paredes esburacadas. A parte central estava ligeiramente melhor e a ala direita era comparativamente moderna. As persianas nas janelas e a fumaça azul saindo das chaminés mostravam que era ali que a família residia. Haviam construído um andaime na parede dos fundos e algumas pedras estavam quebradas, mas não se via sinal dos trabalhadores quando nos aproximamos.

Holmes andou lentamente de um lado para o outro no gramado mal cortado e examinou minucioso em tudo.

- Essa aqui deve ser do quarto em que costumava dormir, a do centro era do quarto de sua irmã e aquela ali é do quarto do Dr. Roylott?

- Exatamente.