E, sonhando,

Saí, ansioso por te ver: corria...

E tudo, ao ver-me tão depressa andando,

Soube logo o lugar para onde eu ia.

 

E tudo me falou, tudo! Escutando

Meus passos, através da ramaria,

Dos despertados pássaros o bando:

“Vai mais depressa! Parabéns!” dizia.

 

Disse o luar: “Espera! que eu te sigo:

Quero também beijar as faces dela!”

E disse o aroma: “Vai, que eu vou contigo!”

 

E cheguei. E, ao chegar, disse uma estrela:

“Como és feliz! como és feliz, amigo,

Que de tão perto vais ouvi-la e vê-la!”

 

XIII

 

“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo

Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,

Que, para ouvi-las, muita vez desperto

E abro as janelas, pálido de espanto...

 

E conversamos toda a noite, enquanto

A Via Láctea, como um pálio aberto,

Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,

Inda as procuro pelo céu deserto.

 

Direis agora: “Tresloucado amigo!

Que conversas com elas? Que sentido

Tem o que dizem, quando estão contigo?”

 

E eu vos direi: “Amai para entendê-las!

Pois só quem ama pode ter ouvido

Capaz de ouvir e de entender estrelas.”

XIV

 

Viver não pude sem que o fel provasse

Desse outro amor que nos perverte e engana:

Porque homem sou, e homem não há que passe

Virgem de todo pela vida humana.

 

Por que tanta serpente atra e profana

Dentro d’alma deixei que se aninhasse?

Por que, abrasado de uma sede insana,

A impuros lábios entreguei a face?

 

Depois dos lábios sôfregos e ardentes,

Senti – duro castigo aos meus desejos –

O gume fino de perversos dentes...

 

E não posso das faces poluídas

Apagar os vestígios desses beijos

E os sangrentos sinais dessas feridas!

 

XV

 

Inda hoje, o livro do passado abrindo,

Lembro-as e punge-me a lembrança delas;

Lembro-as, e vejo-as, como as vi partindo,

Estas cantando, soluçando aquelas.

 

Umas, de meigo olhar piedoso e lindo,

Sob as rosas de neve das capelas;

Outras, de lábios de coral, sorrindo,

Desnudo o seio, lúbricas e belas...

 

Todas, formosas como tu, chegaram,

Partiram... e ao partir, dentro em meu seio

Todo o veneno da paixão deixaram.

 

Mas, ah! nenhuma teve o teu encanto,

Nem teve olhar como esse olhar, tão cheio

De luz tão viva, que abrasasse tanto!

XVI

 

Lá fora, a voz do vento ulule rouca!

Tu, a cabeça no meu ombro inclina,

E essa boca vermelha e pequenina

Aproxima, a sorrir, de minha boca!

 

Que eu a fronte repouse ansiosa e louca

Em teu seio, mais alvo que a neblina

Que, nas manhãs hiemais, úmida e fina,

Da serra as grimpas verdejantes touca!

 

Solta as tranças agora, como um manto!

Canta! Embala-me o sono com teu canto!

E eu, aos raios tranquilos desse olhar,

 

Possa dormir sereno, como o rio

Que, em noites calmas, sossegado e frio,

Dorme aos raios de prata do luar!...

 

XVII

 

Por estas noites frias e brumosas

É que melhor se pode amar, querida!

Nem uma estrela pálida, perdida

Entre a névoa, abre as pálpebras medrosas...

 

Mas um perfume cálido de rosas

Corre a face da terra adormecida...

E a névoa cresce, e, em grupos repartida,

Enche os ares de sombras vaporosas:

 

Sombras errantes, corpos nus, ardentes

Carnes lascivas... um rumor vibrante

De atritos longos e de beijos quentes...

 

E os céus se estendem, palpitando, cheios

Da tépida brancura fulgurante

De um turbilhão de braços e de seios.

 

XVIII

 

Dormes... Mas que sussurro a umedecida

Terra desperta? Que rumor enleva

As estrelas, que no alto a Noite leva

Presas, luzindo, à túnica estendida?

 

São meus versos! Palpita a minha vida

Neles, falenas que a saudade eleva

De meu seio, e que vão, rompendo a treva,

Encher teus sonhos, pomba adormecida!

 

Dormes, com os seios nus, no travesseiro

Solto o cabelo negro... e ei-los, correndo,

Doudejantes, sutis, teu corpo inteiro...

 

Beijam-te a boca tépida e macia,

Sobem, descem, teu hálito sorvendo...

Por que surge tão cedo a luz do dia?!...

 

XIX

 

Sai a passeio, mal o dia nasce,

Bela, nas simples roupas vaporosas;

E mostra às rosas do jardim as rosas

Frescas e puras que possui na face.

 

Passa. E todo o jardim, por que ela passe,

Atavia-se. Há falas misteriosas

Pelas moitas, saudando-a respeitosas...

É como se uma sílfide passasse!

 

E a luz cerca-a, beijando-a. O vento é um choro...

Curvam-se as flores trêmulas... O bando

Das aves todas vem saudá-la em coro...

 

E ela vai, dando ao sol o rosto brando,

Às aves dando o olhar, ao vento o louro

Cabelo, e às flores os sorrisos dando...

 

 

XX

 

Olha-me! o teu olhar sereno e brando

Entra-me o peito, como um largo rio

De ondas de ouro e de luz, límpido, entrando

O ermo de um bosque tenebroso e frio.

 

Fala-me! Em grupos doudejantes, quando

Falas, por noites cálidas de estio,

As estrelas acendem-se, radiando,

Altas, semeadas pelo céu sombrio.

 

Olha-me assim! Fala-me assim! De pranto

Agora, agora de ternura cheia,

Abre em chispas de fogo essa pupila...

 

E enquanto eu ardo em sua luz, enquanto

Em seu fulgor me abraso, uma sereia

Soluce e cante nessa voz tranquila!

 

 

 

XXI

À minha mãe.

 

Sei que um dia não há (e isso é bastante

A esta saudade, mãe!) em que a teu lado

Sentir não julgues minha sombra errante,

Passo a passo a seguir teu vulto amado.

 

– Minha mãe! minha mãe! – a cada instante

Ouves. Volves, em lágrimas banhado,

O rosto, conhecendo soluçante

Minha voz e meu passo costumado.

 

E sentes alta noite no teu leito

Minh’alma na tua alma repousando,

Repousando meu peito no teu peito...

 

E encho os teus sonhos, em teus sonhos brilho,

E abres os braços trêmulos, chorando,

Para nos braços apertar teu filho!

 

 

 

XXII

A Goethe.

 

Quando te leio, as cenas animadas

Por teu gênio, as paisagens que imaginas,

Cheias de vida, avultam repentinas,

Claramente aos meus olhos desdobradas...

 

Vejo o céu, vejo as serras coroadas

De gelo, e o sol, que o manto das neblinas

Rompe, aquecendo as frígidas campinas

E iluminando os vales e as estradas.

 

Ouço o rumor soturno da charrua,

E os rouxinóis que, no carvalho erguido,

A voz modulam de ternuras cheia:

 

E vejo, à luz tristíssima da lua,

Hermann, que cisma, pálido, embebido

No meigo olhar da loura Doroteia.

 

 

 

XXIII

De Calderón.

 

Laura! dizes que Fábio anda ofendido

E, apesar de ofendido, namorado,

Buscando a extinta chama do passado

Nas cinzas frias avivar do olvido.

 

Vá que o faça, e que o faça por perdido

De amor... Creio que o faz por despeitado:

Porque o amor, uma vez abandonado,

Não torna a ser o que já tinha sido.

 

Não lhe creias nos olhos nem na boca,

Inda mesmo que os vejas, como pensas,

Mentir carícias, desmentir tristezas...

 

Porque finezas sobre arrufos, louca,

Finezas podem ser; mas, sobre ofensas,

Mais parecem vinganças que finezas.

 

XXIV

A Luiz Guimarães.

 

Vejo-a, contemplo-a comovido... Aquela

Que amaste, e, de teus braços arrancada,

Desceu da morte a tenebrosa escada,

Calma e pura aos meus olhos se revela.

 

Vejo-lhe o riso plácido, a singela

Feição, aquela graça delicada,

Que uma divina mão deixou vazada

No eterno bronze, eternamente bela.

 

Só lhe não vejo o olhar sereno e triste:

– Céu, poeta, onde as asas, suspirando,

Chorando e rindo loucamente abriste...

 

– Céu povoado de estrelas, onde as bordas

Dos arcanjos cruzavam-se, pulsando

Das liras de ouro as gemedoras cordas...

 

 

 

 

XXV

A Bocage.

 

Tu, que no pego impuro das orgias

Mergulhavas ansioso e descontente,

E, quando à tona vinhas de repente,

Cheias as mãos de pérolas trazias;

 

Tu, que do amor e pelo amor vivias,

E que, como de límpida nascente,

Dos lábios e dos olhos a torrente

Dos versos e das lágrimas vertias;

 

Mestre querido! viverás, enquanto

Houver quem pulse o mágico instrumento,

E preze a língua que prezavas tanto:

 

E enquanto houver num canto do universo

Quem ame e sofra, e amor e sofrimento

Saiba, chorando, traduzir no verso.

 

XXVI

 

Quando cantas, minh’alma desprezando

O invólucro do corpo, ascende às belas,

Altas esferas de ouro, e, acima delas,

Ouve arcanjos as cítaras pulsando.

 

Corre os países longes, que revelas

Ao som divino do teu canto: e, quando

Baixas a voz, ela também, chorando,

Desce, entre os claros grupos das estrelas.

 

E expira a tua voz. Do paraíso,

A que subira ouvindo-te, caído,

Fico a fitar-te pálido, indeciso...

 

E enquanto cismas, sorridente e casta,

A teus pés, como um pássaro ferido,

Toda a minh’alma trêmula se arrasta...

 

XXVII

 

Ontem – néscio que fui! – maliciosa

Disse uma estrela, a rir, na imensa altura:

“Amigo! uma de nós, a mais formosa

De todas nós, a mais formosa e pura,

 

Faz anos amanhã... Vamos! procura

A rima de ouro mais brilhante, a rosa

De cor mais viva e de maior frescura!”

E eu murmurei comigo: “Mentirosa!”

 

E segui. Pois tão cego fui por elas,

Que, enfim, curado pelos seus enganos,

Já não creio em nenhuma das estrelas...

 

E – mal de mim! – eis-me, a teus pés, em pranto...

Olha: se nada fiz para os teus anos,

Culpa as tuas irmãs que enganam tanto!

 

XXVIII

 

Pinta-me a curva destes céus... Agora,

Ereta, ao fundo, a cordilheira apruma:

Pinta as nuvens de fogo de uma em uma,

E alto, entre as nuvens, o raiar da aurora.

 

Solta, ondulando, os véus de espessa bruma,

E o vale pinta, e, pelo vale em fora,

A correnteza túrbida e sonora

Do Paraíba, em torvelins de espuma.

 

Pinta; mas vê de que maneira pintas...

Antes busques as cores da tristeza,

Poupando o escrínio das alegres tintas:

 

– Tristeza singular, estranha mágoa

De que vejo coberta a natureza,

Porque a vejo com os olhos rasos d’água...

 

 

XXIX

 

Por tanto tempo, desvairado e aflito,

Fitei naquela noite o firmamento,

Que inda hoje mesmo, quando acaso o fito,

Tudo aquilo me vem ao pensamento.

 

Saí, no peito o derradeiro grito

Calcando a custo, sem chorar, violento...

E o céu fulgia plácido e infinito,

E havia um choro no rumor do vento...

 

Piedoso céu, que a minha dor sentiste!

A áurea esfera da lua o ocaso entrava,

Rompendo as leves nuvens transparentes;

 

E sobre mim, silenciosa e triste,

A Via Láctea se desenrolava

Como um jorro de lágrimas ardentes.

 

 

 

 

XXX

 

Ao coração que sofre, separado

Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,

Não basta o afeto simples e sagrado

Com que das desventuras me protejo.

 

Não me basta saber que sou amado,

Nem só desejo o teu amor: desejo

Ter nos braços teu corpo delicado,

Ter na boca a doçura de teu beijo.

 

E as justas ambições que me consomem

Não me envergonham: pois maior baixeza

Não há que a terra pelo céu trocar;

 

E mais eleva o coração de um homem

Ser de homem sempre e, na maior pureza,

Ficar na terra e humanamente amar.

 

 

 

 

XXXI

 

Longe de ti, se escuto, porventura,

Teu nome, que uma boca indiferente

Entre outros nomes de mulher murmura,

Sobe-me o pranto aos olhos, de repente...

 

Tal aquele, que, mísero, a tortura

Sofre de amargo exílio, e tristemente

A linguagem natal, maviosa e pura,

Ouve falada por estranha gente...

 

Porque teu nome é para mim o nome

De uma pátria distante e idolatrada,

Cuja saudade ardente me consome:

 

E ouvi-lo é ver a eterna primavera

E a eterna luz da terra abençoada,

Onde, entre flores, teu amor me espera.

 

 

 

 

XXXII

 

Leio-te: – o pranto dos meus olhos rola:

– Do seu cabelo o delicado cheiro,

Da sua voz o timbre prazenteiro,

Tudo do livro sinto que se evola...

 

Todo o nosso romance: – a doce esmola

Do seu primeiro olhar, o seu primeiro

Sorriso, – neste poema verdadeiro,

Tudo ao meu triste olhar se desenrola.

 

Sinto animar-se todo o meu passado:

E quanto mais as páginas folheio,

Mais vejo em tudo aquele vulto amado.

 

Ouço junto de mim bater-lhe o seio,

E cuido vê-la, plácida, a meu lado,

Lendo comigo a página que leio.

 

 

 

 

XXXIII

 

Como quisesse livre ser, deixando

As paragens natais, espaço em fora,

A ave, ao bafejo tépido da aurora,

Abriu as asas e partiu cantando.

 

Estranhos climas, longes céus, cortando

Nuvens e nuvens, percorreu: e, agora

Que morre o sol, suspende o voo, e chora,

E chora, a vida antiga recordando...

 

E logo, o olhar volvendo compungido

Atrás, volta saudosa do carinho,

Do calor da primeira habitação...

 

Assim por largo tempo andei perdido:

– Ah! que alegria ver de novo o ninho,

Ver-te, e beijar-te a pequenina mão!

 

 

 

 

XXXIV

 

Quando adivinha que vou vê-la, e à escada

Ouve-me a voz e o meu andar conhece,

Fica pálida, assusta-se, estremece,

E não sei por que foge envergonhada.

 

Volta depois. À porta, alvoroçada,

Sorrindo, em fogo as faces, aparece:

E talvez entendendo a muda prece

De meus olhos, adianta-se apressada.

 

Corre, delira, multiplica os passos;

E o chão sob os seus passos murmurando,

Segue-a de um hino, de um rumor de festa...

 

E ah! que desejo de a tomar nos braços,

O movimento rápido sustando

Das duas asas que a paixão lhe empresta.

 

 

 

 

XXXV

 

Pouco me pesa que mofeis sorrindo

Destes versos puríssimos e santos:

Porque, nisto de amor e íntimos prantos,

Dos louvores do público prescindo.

 

Homens de bronze! um haverá, de tantos,

(Talvez um só) que, esta paixão sentindo,

Aqui demore o olhar, vendo e medindo

O alcance e o sentimento destes cantos.

 

Será esse o meu público. E, decerto,

Esse dirá: “Pode viver tranquilo

Quem assim ama, sendo assim amado!”

 

E, trêmulo, de lágrimas coberto,

Há-de estimar quem lhe contou aquilo

Que nunca ouviu com tanto ardor contado.

 

O Caçador de Esmeraldas

Episódio da epopeia sertanista no XVIIo século

 

 

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Sete anos! combatendo índios, febres, paludes,

Feras, reptis – contendo os sertanejos rudes,

Dominando o furor da amotinada escolta...

Sete anos!... E ei-lo volta, enfim, com o seu tesouro!

Com que amor, contra o peito, a sacola de couro

Aperta, a transbordar de pedras verdes! – volta...

 

Mas num desvão da mata, uma tarde, ao sol posto,

Para. Um frio livor se lhe espalha no rosto...

É a febre! O Vencedor não passará dali!

Na terra que venceu há-de cair vencido:

É a febre: é a morte! E o Herói, trôpego e envelhecido,

Roto, e sem forças, cai junto do Guaicuí...

Fernão Dias Paes Leme agoniza. Um lamento

Chora longo, a rolar na longa voz do vento.

Mugem soturnamente as águas. O céu arde.

Trasmonta fulvo o sol. E a natureza assiste,

Na mesma solidão e na mesma hora triste,

À agonia do herói e à agonia da tarde.

 

 

Piam perto, na sombra, as aves agoireiras.

Silvam as cobras. Longe, as feras carniceiras

Uivam nas lapas. Desce a noite, como um véu...

Pálido, no palor da luz, o sertanejo

Estorce-se no crebro e derradeiro arquejo.

– Fernão Dias Paes Leme agoniza, e olha o céu.

 

Oh! esse último olhar ao firmamento! A vida

Em surtos de paixão e febre repartida,

Toda, num só olhar, devorando as estrelas!

Esse olhar, que sai como um beijo da pupila,

– Que as implora, que bebe a sua luz tranquila,

Que morre... e nunca mais, nunca mais há-de vê-las!

 

Ei-las todas, enchendo o céu, de canto a canto...

Nunca assim se espalhou, resplandecendo tanto,

Tanta constelação pela planície azul!

Nunca Vênus assim fulgiu! Nunca tão perto,

Nunca com tanto amor sobre o sertão deserto

Pairou tremulamente o Cruzeiro do Sul!

 

Noites de outrora!... Enquanto a bandeira dormia

Exausta, e áspero o vento em derredor zunia,

E a voz do noitibó soava como um agouro,

– Quantas vezes Fernão, do cabeço de um monte,

Via lenta subir do fundo do horizonte

A clara procissão dessas bandeiras de ouro!

Adeus, astros da noite! Adeus, frescas ramagens

Que a aurora desmanchava em perfumes selvagens!

Ninhos cantando no ar! suspensos gineceus

Ressoantes de amor! outonos benfeitores!

Nuvens e aves, adeus! adeus, feras e flores!

Fernão Dias Paes Leme espera a morte... Adeus!

 

O Sertanista ousado agoniza, sozinho...

Empasta-lhe o suor a barba em desalinho:

E com a roupa de couro em farrapos, deitado

Com a garganta afogada em uivos, ululante,

Entre os troncos da brenha hirsuta, – o Bandeirante

Jaz por terra, à feição de um tronco derribado...

 

E o delírio começa.