As flores do mal
Sumário
- Capa
- Folha de rosto
- Sumário
- Introdução – Júlio Castañon Guimarães
- AS FLORES DO MAL, 1861
- Spleen e ideal
- Quadros parisienses
- O vinho
- Flores do mal
- Revolta
- A morte
- AS FLORES DO MAL [POEMAS INCORPORADOS À TERCEIRA EDIÇÃO], 1868
- DESTROÇOS
- Poemas condenados retirados das Flores do mal
- Galanterias
- Epígrafes
- Poemas diversos
- Brincadeiras
- ARQUIVO DAS FLORES DO MAL
- Projetos de prefácios
- Primeira versão da dedicatória
- Restos
- Projetos de um epílogo para a edição de 1861
- O processo das Flores do mal
- Notas
- Apêndices
- As flores do mal — J. Barbey d’Aurevilly
- Introdução — Guillaume Apollinaire
- Situação de Baudelaire — Paul Valéry
- Índice de títulos e primeiros versos
- Créditos
Landmarks
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Introduction
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Rear Notes
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Appendix
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Table of Contents
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Body Matter

AS FLORES DO MAL
CHARLES BAUDELAIRE nasceu em 1821, em Paris. Em 1827, aos seis anos, Baudelaire perde o pai. No ano seguinte, sua mãe casa-se novamente. Em 1841, tendo em vista a vida sem perspectivas que Baudelaire levava, a família faz com que o jovem parta numa viagem de navio para Calcutá, mas ele retorna à França antes de completar o percurso. No ano seguinte, recebe a herança paterna, da qual, em dois anos, gasta a metade. Fica então sob conselho judiciário, a partir de 1842, recebendo uma pequena quantia mensal. Nesse mesmo ano conhece Jeanne Duval, que se torna sua amante e com a qual se relaciona até pelo menos 1856. Já colaborando em diferentes periódicos, tem sua primeira publicação autônoma em 1845, um trabalho de crítica intitulado Salão de 1845. Além dos poemas, publica outros textos sobre artes plásticas e traduz obras de Edgar Allan Poe, sempre levando uma vida extremamente instável, mudando com frequência de endereço e contraindo muitas dívidas. A todos os problemas de Baudelaire, acrescenta-se com o passar do tempo uma saúde cada vez mais frágil. Em 1864 instala-se na Bélgica, onde em 1866 sofre um acidente vascular cerebral, tornando-se afásico e hemiplégico. Falece em Paris, em 31 de agosto de 1867.
JÚLIO CASTAÑON GUIMARÃES, tradutor e escritor, traduziu Fragmentos do Narciso e outros poemas de Paul Valéry (Ateliê, 2013) e Brinde fúnebre e outros poemas de Mallarmé (7Letras, 2007), além de autores como Barthes, Apollinaire, Bataille e Sartre. Seu trabalho de poesia está reunido no volume Poemas 1975-2005 (Cosac Naify, 2006), a que se seguiu Do que ainda (Contracapa, 2009). Publicou também Por que ler Manuel Bandeira (Globo, 2008) e Entre reescritas e esboços (Topbooks, 2010), tendo ainda organizado a edição crítica de Poesia 1930-1962 de Carlos Drummond de Andrade (Cosac Naify, 2012) e Crônicas inéditas I e II de Manuel Bandeira (Cosac Naify, 2008 e 2009).
JULES BARBEY D’AUREVILLY foi um escritor francês nascido em 1808. Conhecido por suas obras que exploram aspectos de mistério e quase terror, influenciou autores como Auguste Villiers de l’Isle-Adam, Henry James e Marcel Proust. Entre suas obras mais conhecidas estão Les diaboliques e L’ensorcelée. Morre em 1889, em Paris.
GUILLAUME APOLLINAIRE foi um escritor e crítico francês nascido em 1880, em Roma, filho de uma condessa polonesa e pai desconhecido, tendo passado a infância em Roma, Mônaco, Lyon, Nice, entre outras cidades. Um dos mais conhecidos poetas do século XX, sua obra está ligada às vanguardas da época, como o cubismo e o surrealismo (termos cuja criação lhe é atribuída). É autor, entre outras obras, dos livros de poemas Alcoóis e Caligramas. Dois anos depois de ser ferido na Primeira Guerra Mundial, morre em Paris, em 1918, vítima da gripe espanhola.
PAUL VALÉRY foi um escritor e pensador francês. Nascido em 1871, na cidade de Sète, foi criado em Montpellier. Sua obra se estende por poesia, crítica literária, ensaios, ficção, teatro e outros gêneros. Entre seus trabalhos mais conhecidos, estão a obra ficcional Monsieur Teste e o livro de poemas Charmes. Por seus poemas, como o “Cemitério marinho”, é considerado um dos poetas mais importantes do século XX, ao lado de nomes como Rilke, T.S. Eliot, Fernando Pessoa, Ezra Pound. Valéry morre em 20 de julho de 1945, em Paris.
Introdução
JÚLIO CASTAÑON GUIMARÃES
As flores do mal é um título que de certo modo ultrapassa o livro para o qual foi imaginado, já que se transformou numa expressão a que se pode recorrer sem qualquer referência à obra de Baudelaire. Mas é claro que só ganha sua plena significação no contexto dessa obra. Curiosamente, o título não teria sido criação de Baudelaire; teria sido sugerido a ele por um amigo, Hippolyte Babou. Mas o fato é que o poeta o adotou para um conjunto de poemas que lhe dão seu efetivo sentido.
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