Ilusões Perdidas

 

ILUSÕES PERDIDAS

 

 

honoré de balzac nasceu em Tours em 1799, filho de um funcionário público. Passou quase seis anos interno em um colégio de Vendôme, depois se fixou em Paris, onde exerceu a função de estagiário em um escritório de advocacia e, posteriormente, de escritor freelance. Entre 1820 e 1824, adotando diversos pseudônimos, escreveu alguns romances, boa parte deles em colaboração, e, a seguir, tentou inutilmente a sorte na atividade de editor, impressor e tipógrafo. Aos trinta anos, muito endividado, retomou a literatura com grande empenho e escreveu o primeiro romance publicado em seu nome, A Bretanha. Nos vinte anos seguintes, escreveu cerca de noventa romances e contos, entre os quais, muitas obras-primas que receberam o nome abrangente de A comédia humana. Como disse o próprio Balzac: “O que ele [Napoleão] não conseguiu concluir com a espada, eu o realizarei com a pena”. Ele faleceu em 1850, alguns meses depois de se casar com Evelina Hanska, a condessa polonesa com quem manteve relações durante dezoito anos.

 

 

rosa freire d’aguiar nasceu no Rio de Janeiro. Nos anos 1970 e 80 foi correspondente em Paris das revistas Manchete e IstoÉ. Retornou ao Brasil em 1986 e no ano seguinte traduziu seu primeiro livro, para a editora Paz e Terra: O conde de Gobineau no Brasil, de Georges Raeders. Em mais de vinte anos de atividade, verteu mais de sessenta títulos nas áreas de literatura e ciências humanas. Além do francês, idioma do qual transpôs para o português, entre outros, Céline, Orsenna, Lévi-Strauss, Debret e Balzac, traduz do espanhol e do italiano, línguas que também aperfeiçoou durante os anos de jornalista na Europa. Sua língua de preferência, no entanto, é mesmo o idioma de Montaigne, autor que ela pretendia traduzir desde os anos 1990, não só pelo conteúdo humanista dos Ensaios mas pelo desafio de traduzir um texto de quatro séculos de modo a conquistar o leitor de hoje. Acredita que o tradutor é um ser “obcecado” e “duvidante” e que uma boa tradução depende, também, da empatia entre tradutor e autor. Entre os prêmios que recebeu estão o da União Latina de Tradução Científica e Técnica (2001) por O universo, os deuses, os homens (Companhia das Letras), de Jean-Pierre Vernant, e o Jabuti (2009) pela tradução de A elegância do ouriço (Companhia das Letras), de Muriel Barbery.

 

 

herbert j. hunt estudou na Lichfield Cathedral Choir School, na Lichfield Grammar School e no Magdalen College, em Oxford. Foi professor conselheiro no St Edmund Hall de 1927 a 1944, depois, até 1966, professor de Literatura e Língua Francesas na London University e, de 1966 a 1970, professor emérito da Warwick University. Publicou livros sobre a literatura e o pensamento da França do século xix; também escreveu uma biografia de Balzac e um estudo abrangente de sua obra: Balzac’s ‘Comédie Humaine’ (1959, brochura 1964). Sua tradução de O primo Pons foi publicada pela Penguin Classics em 1968. Ele morreu em 1973.

Sumário

Introdução — Herbert J. Hunt

 

ILUSÕES PERDIDAS

 

parte 1
os dois poetas

 

1.   Uma tipografia de província

2.   A senhora de Bargeton

3.   Uma noite num salão, uma noite à beira d’água

4.   Catástrofes do amor provinciano

 

parte 2
um grande homem de província em paris

 

5.   As primícias de Paris

1.   Uma carta

2.   Flicoteaux

3.   Dois tipos de livreiros

4.   Um primeiro amigo

5.   O Cenáculo

6.   As flores da miséria

7.   Um jornal visto de fora

8.   Os sonetos

9.   Um bom conselho

10. Terceira variedade de livreiro

11. As Galerias de Madeira

12. Aspecto de uma livraria nas Galerias de Madeira

13. Quarta variedade de livreiro

14. Os bastidores

15. A utilidade dos droguistas

16. Coralie

17. Como se fazem os pequenos jornais

18. A ceia

19. A casa de uma atriz

20. Última visita ao Cenáculo

21. Uma variedade de jornalista

22.