A volta do irmão pródigo

22. Um triunfo inesperado

23. A máquina do triunfo

24. Uma dedicação que raramente
encontramos na vida

25. Lucien leva a sério sua glória na província

26. Um Cérizet na grama

27. Lucien vai à forra no Palacete Bargeton

28. O auge da desolação

29. O adeus supremo

30. Um encontro com o acaso

31. História de um favorito

32. Aula de história para uso dos ambiciosos,
por um discípulo de Maquiavel

33. Aula de moral por um discípulo do P. Escobar

34. Perfil do espanhol

35. Por que os criminosos são
essencialmente corruptores

36. O momento em que, na luta, se larga de mão

37. As influências da prisão

38. Um dia tarde demais

39. História de uma sociedade comercial

40. Conclusão

 

Cronologia

Outras leituras

Introdução

herbert j. hunt

Honoré de Balzac (nascido em Tours, 1799, morto em Paris, 1850) estava na metade da carreira de escritor quando deu ao mundo Ilusões perdidas (Os dois poetas, 1837; Um grande homem de província em Paris, 1839; Os sofrimentos do inventor, 1843). Depois de dez penosos anos (1819-29) de esforço inicial, interrompidos entre 1826 e 1828 pela malograda tentativa de vencer na atividade de editor, impressor e tipógrafo, ele alcançou o primeiro sucesso relativo com o romance conhecido como Os Chouans (1829), o primeiro que assinou com o próprio nome. Por volta de 1830, já havia concebido a ideia de apresentar a história social e moral de sua época em uma série complexa de romances e contos: também pretendia que esta fosse uma interpretação da vida e da sociedade tal como ele as enxergava, coisa que o levou a apoiá-la em certo número de “romances filosóficos”, sendo os mais característicos A pele de onagro (1831), Louis Lambert (1832-5) e Seraphita (1834-5). Reuniu a primeira coletânea de suas obras entre 1834 e 1837, dividindo-as em três categorias: Estudos dos costumes, Estudos filosóficos e Estudos analíticos. Os Estudos dos costumes subdividiam-se em vários tipos de “cenas”: da vida privada, provincianas, parisienses, políticas, militares e da vida rural. Mas, naturalmente, à medida que seguia escrevendo, Balzac precisou inserir novos romances nesses compartimentos. Tendo encontrado um título geral para eles em 1840 (A comédia humana), voltou a coligi-los entre 1842 e 1846. Continuou escrevendo com energia febril até 1847, e, em 1850, quando a morte o colheu, havia condições de fazer mais uma coletânea; daí o aparecimento, entre 1869 e 1876, da chamada “Edição definitiva”.

De lá para cá, a republicação dessas obras — juntamente com a publicação de trabalhos inacabados e fragmentos, edições críticas, sua vasta correspondência etc. — passou a ser uma grande indústria.