O homem invisível
Capa
Folha de Rosto

Tradução, prefácio e notas
Braulio Tavares
Créditos
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Título original
The Invisible Man
Capa
Victor Burton
Imagem de capa
Cultúra Images / Latinstock
Revisão
Tamara Sender
Patrícia Sotello Soares
Héllen Dutra
Conversão para e-book
Abreu’s System Ltda.
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
W48h
Wells, H. G. (Herbert George)
O homem invisível [recurso eletrônico] / H. G. Wells ; tradução, prefácio e notas Braulio Tavares. - Rio de Janeiro : Objetiva, 2011.
recurso digital
Tradução de: The invisible man
Formato: ePub
Requisitos do sistema: Adobe Digital Editions
Modo de acesso: World Wide Web
174p. ISBN 978-85-7962-103-1 (recurso eletrônico)
1. Ficção inglesa. 2. Livros eletrônicos. I. Tavares, Braulio, 1950-. II. Título.
11-5368. CDD: 823
CDU: 821.111-3
Prefácio
O homem invisível (1897) foi o quinto livro publicado por H. G. Wells depois de sua estreia em 1895 com A máquina do tempo. Com o sucesso imediato do primeiro livro, ele mergulhou numa atividade frenética, porque ainda no mesmo ano publicou o romance fantástico The wonderful visit, além de sua primeira coletânea de contos, The stolen bacyllus and other incidents. Em 1896, saiu o clássico A ilha do dr. Moreau e logo depois As rodas do acaso, este um romance a respeito do hábito recente de fazer longos passeios de bicicleta. E, no princípio de 1897, foi lançada sua segunda coletânea, The Plattner story and others. Wells escrevia com a celeridade de um jornalista profissional, e toda sua obra desta fase inicial tem as mesmas características: originalidade de ideia e de abordagem, narrativa rápida e cheia de ação; eventuais digressões teóricas que justificam a premissa fantástica, de maneira aceitável, para o leitor comum. Na nota biográfica incluída na edição da Penguin Books para este livro, Patrick Parrinder assim comenta seu período como estudante de Ciências: “Ele era fascinado pelos postulados teóricos e pelos horizontes imaginativos das ciências naturais, mas não tinha paciência com os detalhes práticos e as tarefas repetitivas e rotineiras do trabalho de laboratório.” Esta descrição também se aplica a Wells como escritor: o que o seduz na literatura não é o trabalho meticuloso da produção de uma frase perfeita; é o arrebatamento produzido por uma ideia vívida e original.
O tema da invisibilidade é tão antigo quanto o das viagens no tempo; Wells apenas deu a ambos uma premissa com aparência científica — que, afinal de contas, é tudo quanto é necessário numa obra de literatura. O leitor de um romance científico espera do autor um mínimo de conhecimento da ciência, algum respeito ao método científico e ao bom-senso, e habilidade para articular um raciocínio que pareça justificar o que acontece no livro. O leitor sabe que viagens no tempo e homens invisíveis são fantasias; mas o leitor dos anos 1890 descobriu que essas fantasias podiam ser justificadas na linguagem de seu dia a dia, no espírito do seu tempo.
Wells não foi o primeiro a explorar a invisibilidade num contexto moderno. O romance em três volumes The invisible gentleman, de James Dalton (1833), foi bastante popular em sua época, mas num contexto de fantasia. Criaturas misteriosas e invisíveis aparecem em contos clássicos, frequentemente reeditados em antologias, como “What was it?”, de Fitz-James O’Brien (1859), “Le Horla”, de Guy de Maupassant (1887), e “The damned thing”, de Ambrose Bierce (1893).
Por outro lado, o próprio Wells afirmou ter se inspirado, em primeiro lugar, no poema humorístico “The perils of invisibility”, de W.
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