O retrato de Dorian Gray (Edição comentada bilíngue)
OSCAR WILDE

PRIMEIRA vERSÃO DE 1890
EDIçãO COMENTADA BILíNGUE PORTUGUêS / inglês
THE PICTURE OF DORIAN GRAY
tradução E NOTAS doris goettems

SÃO PAULO - SP - BRASIL - 2014
Copyright © 2014 by Editora Landmark LTDA
Todos os direitos reservados à Editora Landmark Ltda.
Texto adaptado à nova ortografia da língua portuguesa Decreto no 6.583, de 29 de setembro de 2008
Primeira edição de “O RETRATO DE DORIAN GRAY”: publicado na Lippincott’s Monthly Magazine, 20 de junho de 1890.
Diretor editorial: Fabio pedro-Cyrino
Tradução e notas: doris goettems
Revisão: Francisco de Freitas
Diagramação e Capa: Arquétipo Design+Comunicação
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, CBL, São Paulo, Brasil)
WILDE, OSCAR (1854-1900)
O RETRATO DE DORIAN GRAY : PRIMEIRA VERSÃO DE 1890 = THE PICTURE OF
DORIAN GRAY / OSCAR WILDE ; tradução e notas doris goettems
-- São Paulo : Editora Landmark , 2014.
Título original: THE PICTURE OF DORIAN GRAY
Edição COMENTADA bilíngue: português / inglês
Edição especial de luxo
ISBN 978-85-8070-045-9
E-ISBN 978-85-8070-046-6
1. FICÇÃO inglESA. I. Título. II . TÍTULO : THE PICTURE OF DORIAN GRAY (1890).
14-07464 CDD: 823
Índices para catálogo sistemático:
1. FICÇÃO : Literatura inglesa 823
Texto EM inglês original de domínio público.
Reservados todos os direitos desta tradução e produção.
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Impresso no Brasil
Printed in Brazil
2014
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OSCAR WILDE
PREFÁCIO À EDIÇÃO BRASILEIRA
O RETRATO DE DORIAN GRAY
PREFACE (TO 1891 ENGLISH EDITION)
PREFÁCIO À EDIÇÃO INGLESA DE 1891[1]
CHAPTER I
CAPÍTULO I
CHAPTER II
CAPÍTULO II
CHAPTER III
CAPÍTULO III
CHAPTER IV
CAPÍTULO IV
CHAPTER V
CAPÍTULO V
CHAPTER VI
CAPÍTULO VI
CHAPTER VII
CAPÍTULO VII
CHAPTER VIII
CAPÍTULO VIII
CHAPTER IX
CAPÍTULO IX
CHAPTER X
CAPÍTULO X
CHAPTER XI
CAPÍTULO XI
CHAPTER XII
CAPÍTULO XII
CHAPTER XIII
CAPÍTULO XIII
GRANDES CLÁSSICOS EM EDIÇÕES BILÍNGUES
OSCAR WILDE
Nascido em 16 de outubro de 1854 na cidade de Dublin, Irlanda, viveu na efervescente capital inglesa, frequentando ciclos de escritores, atores e figuras de destaque da época, sendo enaltecido por importantes figuras literárias, como o dramaturgo George Bernard Shaw, os poetas norte-americanos Walt Whitman e H. W. Longfellow, e o escritor francês Stéphane Mallarmé.
Casado em 1884 com Constance Lloyd, teve dois filhos a quem Oscar Wilde se devotava de corpo e alma e cujo afastamento por decisão de Constance após sua prisão foi devastador. Mesmo após o casamento, manteve-se muito conhecido e requisitados em todas as rodas literárias, honrado com todos os compromissos aos quais era convidado. Tornou-se realmente uma pessoa indispensável e comentada aos eventos sociais, espalhando glamour e comentários por onde passava.
Possuía uma aparência que atraía os olhares: vestia-se elegante e extravagantemente bem, com roupas e adereços que, segundo suas próprias palavras, sempre refletiam o que de mais íntimo existia dentro dele. Embora bem conhecido nos círculos sociais, Wilde recebeu pouco reconhecimento por sua obra durante muitos anos até a estreia de “O Leque de Lady Wildermere” que consolidou sua fama literária a partir de 1892. O simulacro, o homem e seu retrato eram a maneira pela qual o autor se utilizava para se relacionar com o mundo, mas o período de seu sucesso foi extremamente curto.
Na noite de estreia de sua obra-prima teatral “A Importância de Ser Constante” em 1895, o marquês de Queensberry, pai de Lorde Alfred Douglas, jovem aristocrata com quem Wilde estava se relacionando à época, iniciou uma campanha pública contra o autor. Por influência de Lorde Douglas, Oscar Wilde decidiu mover uma ação contra o pai do rapaz, acusando-o de difamação. Quinze semanas mais tarde, Wilde perderia o processo e, em 1895, era preso e condenado a dois anos de trabalhos forçados. Ao ser libertado em 1897, Wilde muda-se da Inglaterra em direção ao continente europeu. Lá adota o pseudônimo de Sebastian Melmoth e em companhia de Robert Ross publica “A Balada do Cárcere de Reading” e “A Alma do Homem sob o Socialismo”, suas últimas produções literárias. Logo após, fixa residência em Paris, onde corrige e publica “Um Marido Ideal” e “A Importância de Ser Constante”, demonstrando que se encontrava no comando de si mesmo e de todo seu talento literário. Todavia se recusa a escrever qualquer novo material, declarando que “posso continuar a escrever, mas perdi a satisfação para tal”.
Em 30 de novembro de 1900, Wilde, empobrecido, esquecido e doente, veio a falecer em um quarto do Hôtel d’Alsace, em Paris. Como legado, deixou-nos uma obra admirável representada por contos, romance, poesias e peças teatrais que até hoje são encenadas.
PREFÁCIO À EDIÇÃO BRASILEIRA
“O RETRATO DE DORIAN GRAY” é o único romance produzido por Oscar Wilde, escrito inicialmente para uma revista literária norte-americana, a “Lippincott’s Monthly Magazine”, em 1890. É esta primeira versão, sem as alterações inseridas na versão inglesa de 1891, que agora é apresentada em uma edição bilíngue, em uma nova tradução de Doris Goettems.
Oscar Wilde já era muito conhecido do público norte-americano desde 1882 quando foi convidado para ir aos Estados Unidos da América e palestrar sobre o recém-criado movimento do Esteticismo, onde se tornou o principal divulgador das ideias de renovação artística. As bases do Esteticismo foram desenvolvidas principalmente por Walter Pater, professor de Estética da Universidade de Oxford, cuja obra “Studies in the History of the Renaissance”, de 1873, influenciaria toda uma geração de escritores, pintores e artistas, entre eles o próprio Wilde. O movimento defendia o ‘belo’ como única solução contra tudo o que considerava denegrir a sociedade da época, onde em suas manifestações mais fortes, os valores estéticos têm predominância sobre todos os demais aspectos a vida, numa atitude elitista em relação à arte. Esse movimento, que contava com grande influência sobre toda uma nova geração de intelectuais e artistas britânicos, visava transformar o tradicionalismo na época vitoriana, dando um tom de vanguarda às artes. Além de Wilde, seus principais representantes são os pintores pré-rafaelistas, Dante Gabriel Rossetti, Edward Burne-Jones, além de James Whistler e os teóricos John Ruskin e William Morris.
Em 1889, J.
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