Those who go beneath the surface do so at their peril. Those who read the symbol do so at their peril. It is the spectator, and not life, that art really mirrors. Diversity of opinion about a work of art shows that the work is new, complex, and vital. When critics disagree, the artist is in accord with himself. We can forgive a man for making a useful thing as long as he does not admire it. The only excuse for making a useless thing is that one admires it intensely.

All art is quite useless.

OSCAR WILDE

PREFÁCIO À EDIÇÃO INGLESA DE 1891[1]

O artista é o criador de coisas belas[2].

Revelar a arte, ocultando o artista, é o objetivo da arte.

O crítico é aquele que pode traduzir de outra forma, ou em novo material, sua impressão das coisas belas.

A crítica, tanto a mais elevada quanto a mais baixa, é uma forma de autobiografia.

Aqueles que encontram significados feios em coisas belas são corrompidos sem serem encantadores. Isso é um defeito.

Aqueles que encontram significados belos em coisas belas são os cultos. Para estes há esperança.

Eles são os eleitos, para quem as coisas belas significam apenas Beleza.

Não existe tal coisa como um livro moral ou imoral. Livros são bem escritos ou mal escritos. Isso é tudo[3].

A antipatia do século XIX pelo realismo é a raiva de Calibã ao ver seu próprio rosto em um espelho.

A antipatia do século XIX pelo romantismo é a raiva que sente Calibã ao não ver seu próprio rosto no espelho. A vida moral do homem faz parte da temática do artista, mas a moralidade da arte consiste no uso perfeito de um meio imperfeito. Nenhum artista deseja provar nada. Até as coisas verdadeiras podem ser provadas. Nenhum artista tem afinidades éticas. Uma afinidade ética em um artista é um imperdoável maneirismo de estilo. Nenhum artista é eternamente mórbido. O artista pode expressar tudo. O pensamento e a linguagem são para o artista instrumentos de uma arte. O vício e a virtude são para o artista materiais para uma arte.