O Último Homem (Edição Bilíngue)
Copyright © by Editora Landmark LTDA.
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
INTRODUCTION
CHAPTER I
CHAPTER II
CHAPTER III
CHAPTER IV
CHAPTER V
CHAPTER VI
CHAPTER VII
CHAPTER VIII
CHAPTER IX
CHAPTER X
CHAPTER XI
CHAPTER I
CHAPTER II
CHAPTER III
CHAPTER IV
CHAPTER V
CHAPTER VI
CHAPTER VII
CHAPTER VIII
CHAPTER IX
CHAPTER I
CHAPTER II
CHAPTER III
CHAPTER IV
CHAPTER V
CHAPTER VI
CHAPTER VII
CHAPTER VIII
CHAPTER IX
CHAPTER X
Mary Wollstonecraft Shelley
MARY SHELLEY
O ÚLTIMO HOMEM
EDIÇÃO BILÍNGUE
THE LAST MAN

EDITORA LANDMARK
2012
Copyright © by Editora Landmark LTDA.
Todos os direitos reservados à Editora Landmark Ltda.
Título Original: THE LAST MAN
Primeira edição: Henry Colburn Publ. Company, Londres, 1826
Diretor editorial: Fabio Cyrino
Diagramação e Capa: Arquétipo Design+Comunicação
Tradução e notas: Marcella Furtado
revisão e adequação ortográfica: francisco de freitas
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, CBL, SP, Brasil)
SHELLEY, Mary (1757-1851)
O ÚLTIMO HOMEM - The Last Man /
Mary Shelley; {tradução e notas Marcella Furtado}
São Paulo : Editora Landmark, 2010.
Edição bilíngue : inglês / português
ISBN 978-85-88781-35-1
e-ISBN 978-85-88781-74-0
1. Romance inglês. I. Título.
II. Título: The Last Man
07-7267 / CDD - 823
Índices para catálogo sistemático:
1. Romances: Literatura inglesa / 823
Textos originais em inglês de domínio público.
Reservados todos os direitos desta tradução e produção.
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida e/ ou armazenada em seu todo ou em partespor fotocópia microfilme, processo fotomecânico ou eletrônico sem permissão expressa da Editora Landmark, conforme Lei n° 9610, de 19 de fevereiro de 1998.
EDITORA LANDMARK
Rua Alfredo Pujol, 285 - 12° andar - Santana
02017-010 - São Paulo - SP
Tel.: +55 (11) 2711-2566 / 2950-9095
E-mail: [email protected]
www.editoralandmark.com.br
Impresso em São Paulo, SP, Brasil
Printed in Brazil
2012
Que homem algum procure,
De agora em diante, ter ciência do porvir,
Do que acontecerá a si e as seus filhos.
John Milton
O PARAÍSO PERDIDO
Cântico XI
Let no man seek
Henceforth to be foretold what shall befall
Him or his children.
INTRODUÇÃO
VISITEI Nápoles em 1818. Em 8 de dezembro daquele ano, meu companheiro e eu cruzamos a baía para visitar as ruínas espalhadas pela praia de Baiae. As águas translúcidas e brilhantes do mar calmo cobriam os fragmentos de velhas vilas romanas, que se entrelaçavam com as algas marinhas e recebiam uma pálida coloração dourada trazida pela profusão de cores dos raios de sol; o elemento azul e transparente poderia ser o que Galateia extraíra em seu carro de madrepérolas; ou o que Cleópatra teria escolhido, mais apropriadamente do que o Rio Nilo, como caminho para seu barco encantado. Embora fosse inverno, a atmosfera soava como início de primavera; e seu calor genial contribuía para inspirar sensações de plácidas delícias, que são o prêmio de todo viajante que se detém, relutante em deixar as tranquilas baías e os radiantes promontórios de Baiae.
Fomos aos então chamados Campos Elíseos e Avernus[1]; e caminhamos por entre várias ruínas de templos, banhos e outros locais clássicos; ao final, adentramos a sombria caverna de Sibila de Cumas. Nosso Lazzeroni[2] levava tochas que reluziam um vermelho quase crepuscular pelas soturnas passagens subterrâneas, cuja escuridão parecia se embeber mais e mais de luz. Passamos por uma arcada natural, que levava a uma segunda galeria, e perguntamos se não podíamos entrar ali também. Os guias apontaram para o reflexo das tochas nas águas que cobriam sua superfície, deixando-nos com as nossas próprias conclusões; mas acrescento que era uma pena, pois a galeria conduzia à Gruta de Sibila. A curiosidade e a excitação cresceram dentro de nós pela circunstância, e insistimos em experimentar a passagem. Como geralmente acontece durante o perfazer de tais aventuras, as dificuldades diminuíram com a avaliação. Descobrimos “terra seca para passarmos a pé enxuto” em cada lado do úmido caminho[3].
Por fim, chegamos a uma caverna escura, deserta e enorme, que o Lazzeroni nos assegurou ser a Gruta de Sibila. Estávamos muito desapontados – mesmo assim, a perscrutamos com cuidado, como se suas paredes vazias e pedregosas ainda pudessem carregar algum traço de seu visitante celestial[4]. Havia uma pequena abertura em um lado. “Para onde isto leva?”, perguntamos. “Podemos entrar por ela?”. “Questo poi, no”[5], disse o selvagem de rude aparência, que segurava a tocha. “Você pode avançar até um certo ponto, mas ninguém segue esse caminho”.
“Ainda assim, eu tentarei”, disse meu companheiro. “Pode ser que esse seja o caminho para a gruta verdadeira. Você vem comigo?”
Eu sinalizei minha intenção de segui-lo, mas nossos guias protestaram contra tal ideia. Com eloquência, em seu nativo dialeto napolitano, que não entendíamos muito bem, disseram que lá havia espectros, que o teto desabaria sobre nós, que o caminho era muito estreito para duas pessoas e que havia um grande buraco, cheio de água, onde poderíamos nos afogar. Meu amigo pôs fim à cantilena tirando a tocha da mão do Lazzeroni; e seguimos sozinhos.
A passagem, que era muito espremida para nós, rapidamente estreitou-se e diminuiu ainda mais; estávamos quase totalmente agachados; mesmo assim, seguimos em frente. Ao final, encontramos um amplo espaço e o teto elevou-se; porém, enquanto nos felicitávamos com a mudança, nossa tocha apagou-se com uma corrente de ar e fomos deixados em profunda escuridão. Os guias trazem consigo materiais para reacender as tochas, mas não dispúnhamos de nada – nosso único recurso era voltar pelo mesmo caminho pelo qual viemos. Tateamos as paredes em busca da passagem e, depois de certo tempo, acreditamos tê-la encontrado. Entretanto, era uma segunda passagem, que subia e terminava como a primeira; porém, algo semelhante a um raio despejava uma tíbia luz no ambiente, que não sabíamos dizer de onde vinha.
1 comment