Orgulho e Preconceito (Edição Bilíngue)
JANE AUSTEN

EDIçãO BILíNGUE PORTUGUêS / inglês
PRIDE AND PREJUDICE
tradução E NOTAS
MARCELLA FURTADO

Copyright 2008-2015 by Editora Landmark LTDA
Todos os direitos reservados à Editora Landmark Ltda.
Primeira edição: Thomas Egerton Military Library, Londres: Whitehall, 28 DE Janeiro DE 1813
Texto adaptado à nova ortografia da língua portuguesa de acordo com o Decreto n° 6.583, de 29 de setembro de 2008
Diretor editorial: Fabio pedro-Cyrino
Tradução e notas: Marcella Furtado
Revisão e adequação TEXTUAL: Francisco de Freitas
Diagramação e Capa: Arquétipo Design+Comunicação
Imagem da Capa 2008 Universal Studios. Todos os direitos reservados.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, CBL, São Paulo, Brasil)
AUSTEN, Jane (1775-1817)
ORGULHO E PRECONCEITO - Pride and Prejudice / Jane Austen; {tradução e
notas Marcella Furtado} - - São Paulo : Editora Landmark, 2012.
Título Original: Pride and Prejudice
Edição bilíngue : português / inglês
ISBN 978-85-8070-019-0 (Edição Luxo)
E-ISBN 978-85-88781-61-0
1. Ficção inglesa. I. Título. II. Título: Pride and Prejudice
12-02701 CDD: 823
Índices para catálogo sistemático:
1. Ficção inglesa: Literatura inglesa 823
Textos originais em inglês de domínio público.
Reservados todos os direitos desta tradução e produção.
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida através de qualquer método, nem ser distribuída e/ou armazenada em seu todo ou em partes através de meios eletrônicos sem permissão expressa da Editora Landmark Ltda, conforme Lei n° 9610, de 19/02/1998
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Impresso no Brasil
Printed in Brazil
2015
Copyright 2008-2015 by Editora Landmark LTDA
JANE AUSTEN
PREFÁCIO
ORGULHO E PRECONCEITO
CHAPTER 1
CAPÍTULO 1
CHAPTER 2
CAPÍTULO 2
CHAPTER 3
CAPÍTULO 3
CHAPTER 4
CAPÍTULO 4
CHAPTER 5
CAPÍTULO 5
CHAPTER 6
CAPÍTULO 6
CHAPTER 7
CAPÍTULO 7
CHAPTER 8
CAPÍTULO 8
CHAPTER 9
CAPÍTULO 9
CHAPTER 10
CAPÍTULO 10
CHAPTER 11
CAPÍTULO 11
CHAPTER 12
CAPÍTULO 12
CHAPTER 13
CAPÍTULO 13
CHAPTER 14
CAPÍTULO 14
CHAPTER 15
CAPÍTULO 15
CHAPTER 16
CAPÍTULO 16
CHAPTER 17
CAPÍTULO 17
CHAPTER 18
CAPÍTULO 18
CHAPTER 19
CAPÍTULO 19
CHAPTER 20
CAPÍTULO 20
CHAPTER 21
CAPÍTULO 21
CHAPTER 22
CAPÍTULO 22
CHAPTER 23
CAPÍTULO 23
CHAPTER 24
CAPÍTULO 24
CHAPTER 25
CAPÍTULO 25
CHAPTER 26
CAPÍTULO 26
CHAPTER 27
CAPÍTULO 27
CHAPTER 28
CAPÍTULO 28
CHAPTER 29
CAPÍTULO 29
CHAPTER 30
CAPÍTULO 30
CHAPTER 31
CAPÍTULO 31
CHAPTER 32
CAPÍTULO 32
CHAPTER 33
CAPÍTULO 33
CHAPTER 34
CAPÍTULO 34
CHAPTER 35
CAPÍTULO 35
CHAPTER 36
CAPÍTULO 36
CHAPTER 37
CAPÍTULO 37
CHAPTER 38
CAPÍTULO 38
CHAPTER 39
CAPÍTULO 39
CHAPTER 40
CAPÍTULO 40
CHAPTER 41
CAPÍTULO 41
CHAPTER 42
CAPÍTULO 42
CHAPTER 43
CAPÍTULO 43
CHAPTER 44
CAPÍTULO 44
CHAPTER 45
CAPÍTULO 45
CHAPTER 46
CAPÍTULO 46
CHAPTER 47
CAPÍTULO 47
CHAPTER 48
CAPÍTULO 48
CHAPTER 49
CAPÍTULO 49
CHAPTER 50
CAPÍTULO 50
CHAPTER 51
CAPÍTULO 51
CHAPTER 52
CAPÍTULO 52
CHAPTER 53
CAPÍTULO 53
CHAPTER 54
CAPÍTULO 54
CHAPTER 55
CAPÍTULO 55
CHAPTER 56
CAPÍTULO 56
CHAPTER 57
CAPÍTULO 57
CHAPTER 58
CAPÍTULO 58
CHAPTER 59
CAPÍTULO 59
CHAPTER 60
CAPÍTULO 60
CHAPTER 61
CAPÍTULO 61
GRANDES CLÁSSICOS EM eDIÇÕES BILÍNGUES
JANE AUSTEN

Jane Austen, escritora inglesa proeminente, nasceu em 16 de dezembro de 1775, considerada geralmente como uma das figuras mais importantes da literatura inglesa ao lado de William Shakespeare, Charles Dickens e Oscar Wilde. Ela representa o exemplo de escritora, cuja vida, protegida e recatada, em nada reduziu a estatura e o dramatismo de sua obra.
Nasceu na casa paroquial de Steventon, Hampshire, Inglaterra, tendo o pai sido sacerdote e vivido a maior parte de sua vida nesta região. Ela teve seis irmãos e uma irmã mais velha, Cassandra, com a qual era muito íntima. O único retrato conhecido de Jane Austen é um esboço feito por Cassandra, que se encontra hoje na Galeria Nacional de Arte (National Gallery), em Londres.
Em 1801, a família mudou-se para Bath. Com a morte do pai em 1805, Jane, sua irmã e a mãe mudaram-se para Chawton, onde seu irmão lhes tinha cedido uma propriedade. O “cottage” em Chawton, onde Jane Austen viveu, hoje abriga uma casa-museu. Jane Austen nunca se casou: teve uma ligação amorosa com Thomas Langlois Lefroy, entre dezembro de 1795 e janeiro de 1796, que não chegou a evoluir. Chegou a receber uma proposta de casamento de Harris Bigg-Wither, irmão mais novo de suas amigas Alethea e Catherine, em 2 de dezembro de 1802, mas mudou de opinião no dia seguinte ao do noivado.
Tendo-se estabelecido como romancista, continuou a viver em relativo isolamento, na mesma altura em que a doença a afetava profundamente. Até os dias de hoje, não se tem certeza das causas de sua morte: uma teoria recente afirma que Jane Austen pode ter sofrido de intoxicação por arsênico, em função de uma declaração registrada em uma de suas cartas: “Estou consideravelmente melhor agora e estou recuperando um pouco minha aparência, que anda bastante ruim, preta, branca e de todas as cores erradas”. A intoxicação por arsênico pode provocar uma pigmentação em que partes da pele ficam marrons, enquanto outras embranquecem. O arsênico era fácil de ser obtido na época, sendo usado para o tratamento do reumatismo, algo de que Jane Austen se queixava constantemente em suas cartas. Em busca de tratamento para sua enfermidade, viajou até Winchester, falecendo ali, aos 41 anos, em 18 de julho de 1817, e sendo sepultada na catedral da cidade.
A fama de Jane Austen perdura através dos seus seis melhores trabalhos: “Razão e Sensibilidade” (1811), “Orgulho e Preconceito” (1813), “Mansfield Park” (1814), “Emma” (1815), “The Elliots”, mais tarde renomeado como “Persuasão” (1818) e “Susan”, mais tarde renomeado como “A Abadia de Northanger” (1818), publicados postumamente. “Lady Susan” (escrito entre 1794 e 1805), “The Brothers” (iniciado em 1817, deixado incompleto e publicado em 1925 com o título “Sanditon”) e “Os Watsons” (escrito por volta de 1804 e deixado inacabado; foi terminado por sua sobrinha Catherine Hubback e publicado na metade do século XIX, com o título “The Younger Sister”) são outras de suas obras. Deixou ainda uma produção juvenília (organizada em três volumes), uma peça teatral, “Sir Charles Grandison, or The Happy Man: a Comedy in Six Acts” (escrita entre 1793 e 1800), poemas, registros epistolares e um esquema para um novo romance, intitulado “Projeto de um Romance”.
PREFÁCIO
Considerada a primeira grande romancista moderna da literatura inglesa, Jane Austen começou seu segundo romance, Orgulho e Preconceito, antes dos 21 anos de idade, após ficar hospedada em 1796, em Goodnestone Park, em Kent, propriedade de Sir Brooks Bridge, 3° Baronete, e sogro de seu irmão Edward Austen Knight. Inicialmente o romance foi intitulado Primeiras Impressões, tendo sido escrito entre outubro de 1796 e agosto de 1797.
Em 1° de novembro de 1797, o pároco anglicano George Austen (1731–1805), o pai de Jane Austen, encaminhou uma carta ao editor e livreiro londrino, Thomas Cadell, perguntando-lhe se este teria algum interesse em analisar o manuscrito, contudo a oferta foi declinada por carta.
Jane Austen fez então significativas revisões no manuscrito de Primeiras Impressões, entre os anos de 1811 e 1812, mais tarde alterando o título da história para Orgulho e Preconceito. Entre os especialistas da obra austeniana, há algumas teorias diversas sobre as razões da escritora ter alterado o título original. Uma das teorias afirma que Jane Austen teria retirado o título do romance de uma passagem do capítulo final do romance Cecília, publicado em 1782 pela escritora inglesa Fanny Burney (1752-1840):
“Todo este negócio infeliz”, disse Dr. Lyster, “tem sido resultado do ORGULHO e do PRECONCEITO... Ainda assim e, contudo, lembre-se: se, ao ORGULHO e ao PRECONCEITO, tu deves os teus sofrimentos, tão maravilhosamente equilibrados entre o bem e o mal, ao ORGULHO e ao PRECONCEITO tu também estarás em débito quanto ao seu término...”
Outros teóricos também sustentam que a alteração do título ocorreu com o intuito de evitar confusão com outras obras já publicadas, pois entre a conclusão do manuscrito de Primeiras Impressões e o término de sua revisão, duas outras obras foram publicadas, valendo-se do mesmo nome: um romance de autoria de Margaret Holford (1778-1852) e uma comédia escrita por Horace Smith (1779-1849), este último mais conhecido por sua parceria e competição de sonetos travada com o poeta do romantismo inglês Percy Bysshe Shelley.
O termo também foi repetidamente utilizado pelo romancista Robert Bage (1730-1801) em seu romance filosófico Hermsprong, publicado em 1796. Uma ocorrência anterior ainda pode ser encontrada no capítulo 2 da História do Declínio e Queda do Império Romano, publicado por Edward Gibbon (1737-1794), em 1776, no trecho referente à escravidão durante aquele período histórico:
“Contudo, sem destruir as distinções de classes, uma distante esperança de liberdade e honra foi apresentada a todos aqueles cujo ORGULHO E PRECONCEITO praticamente desdenharam do número existente entre as espécies humanas.”
Orgulho e Preconceito veria a ser o segundo romance de Jane Austen a ser publicado e o terceiro que ela viria a completar, após Lady Susan e Razão e Sensibilidade. Ao concluir a revisão de seu manuscrito inicial, Austen ofereceu os direitos de seu romance para o editor Thomas Egerton de Whitehall, Londres, pela quantia de £150, sendo que acertaram a venda pelo montante de £110. Jane Austen havia publicado Razão e Sensibilidade em regime de comissão, pelo qual ela indenizaria a editora contra quaisquer perdas e receberia os lucros aferidos, menos os custos de produção e a comissão dos editores. Sem ter ciência que Razão e Sensibilidade havia esgotado sua edição, rendendo £140, ele transferiu os direitos de Orgulho e Preconceito a Egerton, em troca de apenas um pagamento, significando que todos os riscos (e todos os lucros) seriam dos editores.
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