Casa de bonecas
CASA
DE
BONECAS
HENRIK IBSEN
Título original
Ett Dukkehjem
(1879)
Tradução portuguesa atualizada e corrigida por
Maria Cristina Guimarães Cupertino
Epub e revisão por
( E )
EM CARTAZ
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Veredas
Preparação
Kátia de Almeida Rossini
Revisão
Lídia Furusato
Ilustração da capa
Edvard Munch
Ibsen, Henrik — Casa de bonecas — Tradução: Maria Cristina Guimarães Cupertino. São Paulo. Editora Veredas. 2007. (Veredas Em Cartaz)
1. Teatro norueguês I. Título.
ISBN 85-88603-1 1-X
CDD 839.82
2009
Todos os direitos desta tradução reservados a
G. ARANYI LIVROS EDITORA VEREDAS
Al. dos Bicudos, 360 – Alpes da Cantareira
07600-000 – Mairiporã – SP – Brasil
Fone/Fax: (11) 4485-1087
e-mail: [email protected]
PERSONAGENS
Torvald Helmer, advogado
Nora, sua esposa
Rank, médico
Senhora Linde
Krogstad, advogado
Os três filhos pequenos de Helmer
Anna-Maria, a babá
Helena, a criada
O Entregador
A ação se passa na residência de Helmer
PRIMEIRO ATO
Sala mobiliada com conforto e bom gosto, mas sem luxo. No fundo, à direita, a porta da saleta, à esquerda a do escritório de Helmer. Entre essas duas portas, um piano. Do lado esquerdo da cena, no meio da parede, outra porta, e mais perto da boca de cena, uma janela. Ao pé da janela uma mesa redonda, poltronas e um divã pequeno. Na parede da direita, um pouco recuada, uma porta, e mais à frente uma estufa, diante da qual estão colocadas duas poltronas e uma cadeira de balanço. Entre a estufa e a porta lateral, uma mesinha, e nas paredes, gravuras. Prateleiras com porcelanas e outras miuçalhas. Pequena estante cheia de livros ricamente encadernados. O chão é atapetado. A estufa está acesa. Dia de inverno. Toque de campainha na saleta; passado um instante ouve-se abrirem a porta. Nora entra na sala cantarolando alegremente. Está de chapéu e de sobretudo e traz muitos embrulhos que vai colocando na mesa da direita. Deixa aberta a porta da saleta, por onde se vê um entregador carregando uma árvore de Natal e um cesto; o moço passa esses objetos à criada que abriu a porta
Nora
Esconda bem a árvore de Natal, Helena. Os meninos só devem vê-la à noite, depois de enfeitada. (Ao entregador, tomando da carteira) Quanto é?
O Entregador
Cinquenta öre.
Nora
Aqui tem uma coroa. Está certo, guarde o troco. (O entregador agradece e sai. Nora fecha a porta, e enquanto tira o chapéu e o sobretudo continua a rir alegremente. Puxando do bolso um saco de bolinhos de amêndoas, come dois ou três; depois encaminha-se na ponta dos pés até a porta do escritório do marido, pondo-se a escutar) Ah! está aqui.
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