— Mas dá uma impressão mal-assombrada.

— Bem, é claro que tudo isso não é tão fantástico quanto você imagina.

— É fantástico bastante para minha cabeça modesta — disse o sr. Marvel. — Mas como se faz isso? Como você fica assim?

— É uma longa história. Além disso...

— Vou lhe dizer uma coisa, tudo isso está me deixando doido.

— O que eu quero lhe dizer neste momento é: eu preciso de ajuda. Isso me ocorreu agora. Encontrei com você por acaso. Estava vagando por aqui, louco de raiva, nu, impotente. Quase matei uma ou outra pessoa. E então vi você...

— Meu Deus! — disse o sr. Marvel.

— Me aproximei às suas costas, hesitei, e por fim...

A expressão do rosto do sr. Marvel era mais do que eloquente.

— E então parei. Pensei comigo: aqui está um sujeito tão marginalizado quanto eu. Este é o homem que me serve. Então voltei e vim falar com você. E...

— Meu Deus! — exclamou o sr. Marvel. — Fico tonto só de pensar. Mas quero perguntar uma coisa... Como se faz? E de que maneira eu posso ajudá-lo? Você é invisível!

— Quero que me ajude a conseguir roupas... abrigo... e depois outras coisas. Já estou sem elas há muito tempo. Se não quiser, tudo bem. Mas há de querer, tem de querer.

— Olhe aqui — disse o sr. Marvel —, eu estou de queixo caído. Faça o favor de não me derrubar de novo. E me deixe ir embora. Quero assentar o meu juízo. E você quase quebra o meu dedão do pé. Isso não faz sentido.